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Isabel Nery, Presidente do Sindicato dos Jornalistas, participa em aula de Seminário de Jornalismo do curso de CCC

“Ou se ama esta profissão ou se odeia”

Isabel Nery, presidente do sindicato de jornalismo, foi a convidada para falar sobre o acesso à profissão de jornalista no mercado de trabalho.

A Universidade Lusófona foi o palco desta conversa e a turma de jornalismo do 3ºano de Ciências da Comunicação e da Cultura teve o prazer de receber conselhos e dicas que podem ajudar e facilitar a entrada no mundo do jornalismo.

A também jornalista da Visão, falou com os alunos sobre como jovens jornalistas conseguem uma oportunidade no mercado de trabalho e esclarece desde cedo que “ou se ama esta profissão ou se odeia porque depende do ponto de vista do tempo, do risco, da dedicação e do amor que se tem”.

Isabel Nery não se focou desde logo em jornalismo mas, diz ela que “apaixonei-me pelo chegar às pessoas e pelo comunicar” e mais tarde admite sentir que podia fazer a diferença “isto é uma profissão em que posso fazer a diferença e o meu trabalho pode ter uma certa força social”.

A jornalista admite que como presidente do sindicato o assunto sobre o ingresso dos jovens no mercado de trabalho do jornalismo está em cima da mesa e é constantemente discutido mas que, para já, não existem medidas.

Em seguimento disto acaba por levantar ainda uma questão que muito a preocupa e diz que “o facto de os profissionais com qualidade e a quererem esta carreira estarem a seguir outros caminhos porque não desejam ter as condições de precariedade a que os jornalistas estão sujeitos, é alarmante”, no entanto, e apesar disso, Isabel relembra que “muitas vezes o prazer e o gosto pela profissão são menosprezados e isso não pode acontecer porque estamos a perder grandes jornalistas”.

Deu dicas, aconselhou e mostrou ângulos novos da profissão à turma que a recebeu e como alguém que já viu muito ao longo da sua carreira, a jornalista aconselha a que cada um “diversifique as suas experiências” porque esclarece “ estão todos muito formatados e isso hoje em dia já não faz a diferença e já não é certamente suficiente”.

Acrescenta ainda que hoje em dia ser licenciado passou a ser um mínimo ao contrário de antigamente e que é preciso “batalhar e mostrar que realmente se quer, pois ninguém pode ser jornalista sem ler, sem ver o que os outros fazem, sem conhecer” e sublinha que é neste ponto que se destacam e mostram que podem ser grandes contributos.

Notícia escrita por Raquel Murgeira, estudante do 3º ano da licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura – DCC/ECATI