O romancista inglês está a residir e a trabalhar em Cascais até ao início de dezembro, no âmbito do programa Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I, coordenado por Filipa Melo.
A estada em terras lusas inclui esta aula aberta ao público, entre outras iniciativas, nomeadamente de divulgação do seu mais recente romance, Coração de Inglaterra, recém-publicado em Portugal pela Porto Editora e vencedor deste ano do importante Prémio do Livro Europeu, atribuído pelo Parlamento Europeu..
O romance, que retrata o momento difícil por que passa a Grã-Bretanha, evoca, através de uma prosa clara e muito divertida, oito anos turbulentos da vida britânica e o seu reflexo na vida das personagens de Coe – e dos que os rodeiam. Apelidado de “romance magistral”, capaz de fornecer uma “radiografia do Reino Unido atual”, por Le Figaro, e dito como sendo “muito divertido” pelo jornal The Guardian, este é um “romance tracional passado nos nossos tempos muito inconvencionais” (como lhe chamou The New York Times).
Jonathan Coe nasceu em Birmingham, em 1961. Estudou no Trinity College, em Cambridge, tendo-se doutorado na Warwick University. Ensinou Poesia Inglesa nessa mesma universidade e trabalhou depois como músico profissional, compondo jazz e músicas de cabaré. Trabalhou também como revisor de textos legais, antes de se tornar escritor e jornalista freelancer. Além de A Vida Privada de Maxwell Sim (nomeado para o International IMPAC Dublin Literary Award 2012), em Portugal estão publicados os romances Os Anões da Morte, Que Grande Banquete! (John Llewellyn Rhys Prize 1995 e Prémio do Melhor Livro Estrangeiro de 1996 em França), A Casa do Sono (Writers’ Guild Best Fiction Award 1997, Prémio Médicis Étranger 1998 e I Prémio Europeu dos Jovens Leitores), Rotters’ Club (Bollinger Everyman Wodehouse Prize 2001), O Círculo Fechado (finalista do International IMPAC Dublin Literary Award 2006) e A Chuva Antes de Cair. Em 2004, Jonathan Coe foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras em França. Jonathan Coe vive em Birmingham.
O programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I foi inaugurado com Olivier Rolin, em outubro de 2018, tendo-se seguido a passagem do nova-iorquino Michael Cunningham. Cabe agora a Jonathan Coe ter morada em Cascais, no âmbito das primeiras residências literárias internacionais, de caráter regular, em Portugal. Igualmente programadas estão as residências de Javier Cercas (abril a junho de 2020) e de Germano Almeida, romancista caboverdiano Prémio Camões 2018.