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Conferência: GOOD-BYE, “ARCHIVE”. Towards a media theory of dynamic storage

No âmbito do ‘VII Ciclo de Conferências Internacionais ECATI/MCB’, realiza-se no dia 17 de Maio, pelas 18H00m, no auditório do museu Coleção Berardo, a conferência ‘GOOD-BYE, “ARCHIVE”. Towards a media theory of dynamic storage’, com Wolfgang Ernst

A entrada é livre.

Nota Biográfica

Wolfgang Ernst

Tendo tido formação como historiador (PhD) e classicista (Latim e Arqueologia Clássica) com um gosto particular pelas temporalidades culturais, Wolfgang Ernst cresceu no meio emergente orientado para a formação tecnológica da Escola Alemã de Estudos dos Media na universidade em Berlim desde 2003. O seu foco académico tem sido na área da teoria arquival e museologia, antes de se focar nas materialidades dos Media. O seu trabalho de pesquisa acutal cobre os temas O método da teoria arquival, a teoria técnica de armazenamento, tecnologias de transmissão cultural, estética média micro-temporal e as suas potencialidades cronopoéticas, e a análise do som (“sonicity”) de um ponto de vista media-epistemológico.

Livros em Inglês: Digital Memory and the Archive (2013); Stirring in the Archives. Order from Disorder Stirring in the Archives (2015); Chronopoetics. The temporal being and operativity of technological media (2016); Sonic Time Machines. Explicit Sound, Sirenic Voices and Implicit Sonicity in Terms of Media Knowledge, Amsterdam (2016)

Resumo

O “arquivo” como um agenciamento da memória e sua interseção com artes visuais, com a fotografia, com o cinema, o som, a literatura e filosofia, tornou-se acadêmico e esteticamente exaurido nos últimos anos. O sempre presente “arquivo” tornou-se um termo metafórico para todos os tipos de memória, enquanto que nos escritos teóricos o arquivo foucauldeano é frequentemente confundido com os arquivos institucionais do Estado. A “febre de arquivo” (Derrida) no campo dos estudos culturais tornou-se inflacionária, e muitos dos projetos artísticos que são chamados de “arquivo” são coleções idiossincráticas. O termo anarquivo (anarchive) tem sido libertador, mas obscurecedor também.

Vamos no entanto fazer um uso instrutivo deste fenómeno. O “archival turn” é o sintoma de uma reação nostálgica (mesmo melancólica) na cultura da memória quando confrontado com o desafio da cultura mediática contemporânea: o armazenamento tecnológico (tanto os “grandes dados” como o micro-armazenamento efémero), diferente da “biblioteca“, do “museu” e da “memória” individual ou coletiva. Para enfrentar este desafio de forma bastante agressiva, são necessárias as mais avançadas abordagens algorítmicas, tal como realizadas pelo colectivo de arte CONSTANT em Bruxelas com o seu projecto Arquivo Activo. Dentro do contexto computacional das Humanidades Digitais, critérios emprestados da teoria da engenharia e da comunicação como entropia informacional fazem mais sentido que a memória familiar das arquiteturas da classificação.