O jornalismo ao serviço dos Direitos Humanos
Foto de Herberto Smith, cortesia da Rádio Afrolis
Imagem cortesia de Rita Cardoso
Pensar como o jornalismo e os jornalistas tratam temas sobre Direitos Humanos, em especial no que diz respeito a minorias étnicas, sexuais e de género foi o que juntou mais de trinta pessoas na Universidade Lusófona, a 9 de Maio.
Como convidadas principais, e a falar a partir da sua experiência profissional, estiveram Fernanda Câncio, do Diário de Notícias, Catarina Marques Rodrigues, do Observador, e Carla Fernandes, da Rádio AfroLis.
Em parte tertúlia e em parte workshop, a conversa fluiu por entre a relevância de pensar o lugar da objectividade no jornalismo e a forma como ela é usada para desresponsabilizar os jornalistas pelo trabalho que fazem, e o impacto que o jornalismo pode ter na vida política e pública.
O recente caso de discriminação homofóbica do Colégio Militar, e o já antigo exemplo de quando Portugal proibiu a entrada do barco da organização a favor da legalização da interrupção voluntária da gravidez, Women on Waves.
Só a primeira metade do evento foi dedicada às apresentações de cada jornalista do painel – a segunda parte contou com as contribuições de pessoas de vários contextos.
Desde o testemunho de um imigrante negro que denunciava a falta de representação de pessoas negras nos media e nas instituições políticas, até à visão de quem, tendo falado já várias vezes com jornalistas enquanto activista, consegue identificar problemas recorrentes das pressões actuais para escrever mais e mais depressa.
A sessão foi organizada e moderada por Daniel Cardoso, professor na ECATI e também activista na área dos direitos humanos.
Esta actividade esteve enquadrada num conjunto maior de iniciativas espalhadas por todo o país, chamada “7 Dias com os Media”, organizadas para assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio.